Como já anunciado A empresa sul-coreana há poucos dias, a Samsung anunciou pública e oficialmente quais foram as causas que provocaram as explosões e incêndios dos dispositivos Galaxy Note 7 e que, finalmente, levaram à sua retirada do mercado e à cessação definitiva da produção.
Depois que os primeiros casos de explosões e incêndios começaram a surgir, a vida do Samsung Galaxy Note 7 foi muito curta. Diversos relatos e rumores apontavam a bateria como a origem mais provável e lógica do problema, porém os resultados da investigação iniciada ainda não haviam sido divulgados. Hoje, porém, A Samsung confirmou que os problemas do Galaxy Note 7 estavam de fato relacionados às baterias, especificamente devido ao contato entre as células positivas e as células negativas da bateria.
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Galaxy Note 7: pergunta sobre íons
Finalmente, após muitos rumores e especulações, e após vários meses de investigação, a empresa Samsung tornou públicos os resultados que confirmam que o problema do Galaxy Note 7 estava na bateria, algo que todos nós imaginamos, mas que agora tem aquela confirmação oficial, e detalhes que lançam um pouco mais de luz sobre o assunto.
O mesmo efeito, por diferentes razões
As baterias de íon-lítio são compostas por células positivas e células negativas que são separadas para que não entrem em contato uma com a outra, pois se esse contato ocorrer, a bateria pode entrar em curto-circuito e ser envolvida pelas chamas. Isso é exatamente o que aconteceu dentro dos telefones Galaxy Note 7, tanto da primeira onda quanto da onda de substituições, de dois fornecedores independentes, embora por motivos diferentes.
Este jipe queimou como resultado do incêndio causado por um Samsung Galaxy Note 7 durante o carregamento
A pesquisa da Samsung descobriu que as baterias dos primeiros dispositivos Galaxy Note 7 acendiam no canto superior direito, principalmente porque a caixa da bateria era muito pequena.
O segundo conjunto de smartphones apresentou problemas no lado esquerdo do dispositivo. Essas baterias, fabricadas por outro fornecedor, tinham seus próprios defeitos, incluindo ausência de fita isolante e hastes de soldagem anormalmente altas que causaram um curto-circuito nas baterias e subsequentemente explodiram e dispararam. Especificamente, essas hastes de soldagem geraram pressão excessiva dentro da bateria, e foi isso que fez com que as células se acendessem.
Durante o teste, a Samsung construiu um recurso de upload e download personalizado para ajudar a replicar o bug. A empresa também fez os testes relevantes para garantir que o carregamento rápido do telefone, o carregamento sem fio ou o leitor de íris não fossem a causa do problema.
Ao mesmo tempo, a Samsung também aproveitou a oportunidade para confirmar que 96 por cento de todos os telefones Galaxy Note 7 que já foram vendidos foram devolvidos, e expressaram sua gratidão às operadoras móveis por sua ajuda na recuperação de todos os dispositivos.
Medidas de segurança novas e mais abrangentes
Para o futuro imediato, a Samsung está empenhada em realizar melhores controles de segurança para evitar que isso ou situações semelhantes aconteçam novamente. Em concreto, A empresa sul-coreana detalhou a implementação de um controle de segurança de bateria de 8 pontos para todos os seus dispositivos. Esses pontos a serem cobertos vão desde durabilidade e inspeções visuais - que já são comuns na maioria das fábricas - até um "raio-X" de cada dispositivo antes de ele deixar as instalações.
Todos esses testes serão lançados imediatamente para todos os aparelhos lançados pela empresa, e não apenas para seus "carros-chefe", pois, segundo a própria Samsung, se cada uma dessas oito verificações de segurança tivesse sido examinada antes o lançamento do Galaxy Note 7, defeitos encontrados em ambas as rodadas de baterias teriam sido detectados antes de colocar alguém em perigo.
A empresa explica os resultados da investigação e as novas medidas adotadas no seguinte vídeo:
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Sim? De verdade? Não sabíamos, que surpresa! ?